
FORA DAQUI
cidades literárias, viagens de papel e outras deambulações
Bruce Chatwin
Bruce Chatwin (1940-1989) é um dos mais aclamados escritores de literatura de viagens de sempre. Foi jornalista do Sunday Times Magazine durante vários anos, e a carta de demissão que mandou ao seu superior ficou célebre – nela lia-se simplesmente: «Fui para a Patagónia.» O seu livro mais celebre é, justamente, Na Patagónia, um clássico da literatura contemporânea, relato de viagem e retrato da solidão dos grandes territórios do sul do mundo. A sua carreira literária foi curta (mais longa terá sido a de viajante), mas de enorme brilho. Os seus livros, entre os quais O Vice-Rei de Ajudá, O Que Faço Eu Aqui?, Utz, Anatomia da Errância ou Regresso à Patagónia (com Paul Theroux), foram publicados pela Quetzal.
Nicolas Bouvier
Nicolas Bouvier (Genebra, 1929-1998) foi um escritor, viajante, iconógrafo e fotógrafo suíço. O pai, bibliotecário, sempre o encorajou a ler – em criança, já devorava livros de Stevenson, Jules Vernes e Jack London – e a viajar. Bouvier chegou a frequentar a Universidade de Genebra, mas deixou os estudos em 1953 para partir com o amigo Thierry Vernet na viagem que deu origem ao seu livro mais conceituado, O Mundo: Modo de Usar, que publicou oito anos depois. As suas viagens mais famosas levaram-nos ainda ao Sri Lanka (experiência que inspirou o seu único romance, Le Poisson-Scorpion), ao Japão e às ilhas de Aran, na Irlanda (destinos aos quais dedicou os livros de viagens Chronique japonaise e Journal d’Aran et d’autres lieux). Nicolas Bouvier trabalhou muitos anos como fotógrafo e como investigador de imagem. Foi também fundador, com autores como Max Frisch e Friedrich Dürrenmatt, do Gruppe Olten, uma associação informal de escritores suíços de esquerda.
Paul Theroux
Paul Theroux nasceu no Massachusetts, em 1941, e vive atualmente entre Cape Cod e o Havai. Foi professor em Itália, no Malawi, no Uganda, e também em Singapura e Inglaterra. Escreveu romances, ensaios e alguns dos melhores livros de viagens de sempre, como O Velho Expresso da Patagónia, Comboio-Fantasma para o Oriente e O Grande Bazar Ferroviário, todos publicados pela Quetzal.